terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Um novo tempo


Olá meus caros colegas e seguidores do blog andreteacherhome.blogspot.com 
Depois de um longo período retornamos com nossas postagens atualizadas   informando à vocês  tudo que se passa no mundo das ciências naturais e saúde. Num contexto informativo para os níveis  Fundamental, médio e superior.
Portanto, espero que possamos usufruir deste blog e de outros blogs favoritos os quais também sou seguidor.
Um abraço
André Pinto

Pesquisadora da UFPA analisa mudança da cor do Ver-o-Peso


Quem passar pelo Complexo Turístico do Ver-o-Peso, o principal cartão postal de Belém, notará que há algo diferente na paisagem. O Mercado de Ferro, que abriga o Mercado de Peixe da Feira, está com uma cor diferente. A cor é resultado da aplicação de um produto antiferrugem, que prepara a superfície para receber a cor definitiva, que já foi escolhida pela população de Belém por meio de enquete virtual, disponível no site do Ver-o-Peso, que apresentou as seguintes opções: verde poseidon, azul regata e vermelho.
A iniciativa foi do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que iniciou a obra de restauração e conservação do Ver-o-Peso em janeiro de 2012. De acordo com pesquisas feitas pelo instituto, em imagens e pinturas antigas do Mercado, constatou-se que já se usaram diversas cores em seu revestimento, como amarelo, rosa salmão e vermelho cerâmica, embora a composição de azul (azul celeste, azul céu, azul oceano) e cinza (platina) tenha prevalecido nos últimos anos.
Mas será que tal mudança não implica perda de identidade do patrimônio histórico e cultural de Belém? De acordo com a pesquisadora da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Pará (UFPA), professora Elna Trindade, não é essencial buscar a cor original do Complexo, porque só se pode chegar a ela aproximadamente. Hoje, pode-se mudar a cor de uma edificação sem que isso influencie na memória da cidade. Ainda que a cor seja um forte componente em um projeto arquitetônico, não é mais importante que o espaço construído e a história da edificação.
Memória histórica da cidade - Sobre a participação pública no que consiste na mudança da cor do complexo turístico, a pesquisadora afirma ser muito importante, justamente porque faz com que a população de Belém também trabalhe no resgate e na preservação dessa edificação. Logo, essa escolha não se torna uma imposição de poucos, mas sim a vontade de muitos. De acordo com Elna Trindade, a arquitetura histórica em Belém, como a do Ver-o-Peso, datado do século XIX, é muito mais expressiva do que a moderna, pois tem uma singularidade presente em suas formas, técnicas e materiais contribuindo para a memória histórica da cidade.
Além do Ver-o-Peso, Elna Trindade dá, ainda, destaque às edificações que foram construídas nos Séculos XVIII e XIX, como a Igreja da Sé, a Casa das Onze Janelas, o Teatro da Paz e o Prédio da Prefeitura Municipal. As mudanças que tais prédios já sofreram ao longo do tempo, ao serem restaurados e sofrerem ações de preservação, não implicaram perda de características únicas. Para haver uma mudança grande, é feito um estudo. Nenhuma intervenção é feita em uma arquitetura se esta não estiver em harmonia com o entorno e com a história materializada nessas edificações.
A importância de preservar - Segundo a pesquisadora, Belém tem como característica marcante a arquitetura de seu centro histórico, núcleo de origem da cidade, onde convivem traços do período colonial, com toda a variedade da transição do século XIX ao XX. Os estudos sobre o cento histórico são considerados muito importantes, não só porque demonstram a evolução da cidade, mas também pelas histórias que eles guardam.
Na Universidade, busca-se mostrar a importância da arquitetura desses espaços históricos, a fim de promover conhecimento para a comunidade acadêmica e comunidade em geral. O aluno aprende a conhecer o lugar em que vive, logo, entende a importância de preservá-lo. “Você só ama o que você conhece. Você só guarda aquilo que você ama. Então, tudo isso é muito importante, porque a preservação depende do conhecimento de todos.”, reforça Elna Trindade.
Texto: Gabriela Amorim – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Alexandre Moraes

quarta-feira, 6 de junho de 2012

UFPA TESTA VACINA CONTRA AMEBÍASE


UFPA testa vacina contra amebíasePDFImprimir

O professor Evander Batista realiza estudos em
parceria com o Instituto Weizmann, em Israel

por Pedro Fernandes / Junho e Julho 2012
foto Alexandre Moraes

São vários os tipos de ameba que habitam o sistema digestivo humano. Na boca, por exemplo, podemos encontrar a Entamoeba gingivalis, que, de certo modo, auxilia a saúde bucal, fagocitando bactérias, outros protozoários e restos celulares. Mas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o único protozoário parasita humano é a Entamoeba histolytica. Essa espécie vive no intestino grosso e pode causar a amebíase intestinal. A amebíase ocorre com maior incidência em países de clima tropical ou subtropical.
Segundo a OMS, 50 milhões de novas infecções da doença são registradas, por ano, no mundo. A amebíase intestinal é a segunda causa de morte por doenças parasitárias, ficando atrás apenas da malária. Anualmente, a amebíase mata em torno de 100 mil pessoas. Dados do Núcleo de Medicina Tropical (NUMT) da Universidade Federal do Pará (UFPA) indicam que cerca de 29% da população do Pará hospeda o parasito.
Diante deste cenário e visando contribuir com as pesquisas nessa área, o NUMT estabeleceu, em junho de 2011, uma cooperação científica com o Weizmann Institute, de Israel, para realizar os primeiros testes de vacina contra a amebíase humana. Será a primeira vacina deste tipo no mundo.
A amebíase é uma doença de fácil contágio. Quando um indivíduo tem o protozoário no intestino (trofozoíto), os cistos (forma de resistência do protozoário) são eliminados pelas fezes e contaminam o meio ambiente, principalmente a água e o solo, em locais onde não há saneamento básico adequado. Ao beber água ou ingerir alimentos contaminados, os cistos vão para o intestino, onde se tornam o agente causador da doença. O ciclo biológico do parasito é monogenético, ou seja, tem apenas um hospedeiro. O percurso da infecção é de homem para homem.
No intestino, em sua forma móvel (trofozoíto), o parasito se reproduz por divisão binária ou cissiparidade, processo por meio do qual o parasito divide-se em outros dois e assim por diante. No intestino grosso, os trofozoítos se alimentam de bactérias ou fragmentos celulares humanos. Em geral, os sintomas da amebíase intestinal são indisposição, diarreia intermitente e flatulência. Há casos, porém, em que o parasito degrada o tecido intestinal, provocando úlceras e sangramentos. Quando o parasito atravessa o intestino grosso e alcança a corrente sanguínea, ele pode acometer o fígado, o pulmão e o cérebro. Nesses casos, a doença é chamada de amebíase extraintestinal.

Sem assistência médica, óbito pode ocorrer rapidamente

Quando ocorre a invasão tecidual, caso não haja intervenção médica, o paciente pode vir a óbito em pouco tempo, em cerca de dois a três meses. A E. histolytica é uma "máquina" de destruir células humanas. Ela possui proteínas de membrana que a aderem às células intestinais. Assim, o protozoário injeta no interior do tecido parasitado os seus fatores de virulência, os ameboporos e as cisteineproteinases. Os ameboporos são pequenos polipeptídeos que existem no citoplasma do protozoário.
Os ameboporos, quando liberados no meio extracelular, perfuram as camadas lipídicas das células intestinais. Consequentemente, as células parasitadas perdem material intracelular. Em seguida, o parasito libera proteína lítica, a cisteineproteinase, no interior do tecido intestinal. A cisteineproteinase rompe os componentes proteicos das células intestinais parasitadas, matando-as. Por fim, o protozoário fagocita os restos das células humanas degradadas por ele.
O projeto da vacina contra a amebíase humana consiste na manipulação genética dos trofozoítos. "A linhagem HM1, a linhagem virulenta, que causa a doença, sofreu uma modificação por meio de técnicas de biologia molecular. Hoje, existem técnicas de 'knockout’, por meio das quais nós conseguimos manipular o código genético de qualquer organismo", explica Evander Bastista, professor do Núcleo de Medicina Tropical da UFPA e responsável pelos testes da vacina.
Os pesquisadores do Instituto Weizmann alteraram molecularmente os principais componentes do protozoário, os quais o parasita usa para degradar as células do intestino humano. Os genes de codificação do ameboporo e da cisteineproteinase 5 (EhCP5), principais fatores de virulência do parasito, foram silenciados ou "nocauteados", ou seja, modificados de forma a não mais se expressarem. A modificação genética do protozoário constituiu a primeira fase da pesquisa.
"Na verdade, os pesquisadores do Instituto Weizmann criaram uma nova cepa de E. histolytica a partir da cepa virulenta e causadora da amebíase. Para criar essa nova ‘linhagem’ de organismos, chamada de RB10, os pesquisadores manipularam os genes da cisteineproteinase e dos ameboporos. De resto, os organismos atenuados (geneticamente modificados) possuem as mesmas características dos organismos virulentos", esclarece Evander Batista.

Hipótese é que animais não desenvolvam a doença

É justamente com essa linhagem atenuada de parasitas que serão feitos os experimentos. O Núcleo de Medicina Tropical da UFPA, com a colaboração do Centro Nacional de Primatas (CENP), realizará os testes utilizando as células modificadas em macacos. Os testes serão feitos em macacos porque eles, tal como os humanos, desenvolvem a amebíase. Os testes da vacina começarão agora, em junho.
A vacina será inoculada em macacos, os quais terão acompanhamento diário de uma equipe formada por alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFPA. O objetivo é analisar se, depois de inoculada a vacina, houve ou não resposta do sistema imune do animal. Depois dos testes com a linhagem modificada do parasito, serão feitos experimentos com a linhagem virulenta, causadora da amebíase.
"Faremos a inoculação da linhagem atenuada, esperaremos os macacos desenvolverem imunidade e, depois, então, inocularemos a linhagem não modificada, ou seja, virulenta e causadora da doença. Como o primata já terá desenvolvido uma resposta imunológica contra o parasito, esperaremos que esta resposta seja capaz de protegê-lo contra infecções subsequentes e, obviamente, contra o desenvolvimento da doença", explica Evander Batista.
Se os testes funcionarem, o passo seguinte será usar as células modificadas (vacina) em seres humanos. "Se você entra em contato com o parasito na forma atenuada, seu organismo produzirá uma resposta imunológica. Se um dia, você consumir água contaminada, já estará com a imunidade garantida e não desenvolverá a doença. Essa é a nossa hipótese", afirma o pesquisador. Além da UFPA, do Institute Weizmann de Israel e do Centro Nacional de Primatas (CENP), a pesquisa conta com a colaboração do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
FONTE: JORNAL BEIRA DO RIO - UFPA

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Nasa tira fotos de cometa do tamanho de meia Manhattan

15/02/2011 - 09h30
Publicidade
DA ASSOCIATED PRESS

A Nasa (agência espacial americana) cumpriu sua missão de fotografar o Tempel 1 na última segunda-feira --data do Dia dos Namorados nos EUA (o Valentine's Day).

O cometa, de tamanho equivalente a meia Manhattan, centro de Nova York, estava a uma velocidade de 39 mil km/h e, em determinado momento, ficou a apenas 180 km de distância da sonda Stardust-NExt --mais perto do que os cientistas calcularam.
Ilustração mostra como foi a aproximação da sonda Stardust-NExt e o cometa Tempel 1 A previsão inicial era de que 72 fotos seriam feitas, mas os controladores da missão em terra ficaram mesmo intrigados com a ordem das imagens, que deu errado. As primeiras seriam cinco closes do núcleo do Tempel 1. No lugar, surgiram fotos do cometa como se fosse somente um minúsculo ponto no espaço.

"Nós ainda não entendemos completamente por que isso não funcionou da maneira que planejamos", disse Chris Jones, diretor associado do Jet Propulsion Laboratory, que acompanhou a missão.

Todas as imagens foram armazenadas a bordo do voo rasante feita pela Stardust-NExt. "Elas não estão perdidas", informou Jones.

Os cometas são como arquivos vivos do espaço, porque podem conter material que daria indícios de como se processou o nascimento do Sistema Solar.

AP/Nasa

Bebidas energéticas podem afetar fígado e coração de jovens

15/02/2011 - 15h40
Publicidade
DA REUTERS

O consumo de bebidas energéticas, que contêm altos níveis de cafeína e outros estimulantes, pode ser arriscado para crianças e jovens e deve ser regulamentado, diz pesquisa publicada nos EUA.

Uma revisão de estudos sobre os efeitos dos energéticos mais populares encontrou casos de convulsões, delírios, problemas cardíacos e danos aos rins e ao fígado.

"Há sinais de que, para algumas pessoas que consomem essas bebidas, há efeitos colaterais", afirma Steven Lipshultz, autor da pesquisa publicada na "Pediatrics".

Os fabricantes dos energéticos afirmam que os produtos melhoram o desempenho mental e físico. Mas, segundo pesquisadores, esses benefícios são questionáveis.

O estudo alerta para o fato de que efeitos colaterais do consumo de energéticos são mais graves para crianças e jovens com diabetes, anormalidades cardíacas ou que tomam certos remédios.

O maior problema é cafeína. De acordo com uma pesquisa da Nova Zelândia, uma lata de energético é suficiente para causar dor de estômago ou irritabilidade na maioria das crianças.

Nos EUA, as fabricantes contestaram a pesquisa.

Calvície precoce indica risco de câncer de próstata


16/02/2011 - 07h50

Publicidade
DE SÃO PAULO

Homens que começam a perder o cabelo aos 20 anos têm mais risco de desenvolver câncer de próstata quando envelhecem, segundo um estudo publicado no periódico "Annals of Oncology".

A pesquisa, feita na França, comparou 388 homens em tratamento para o câncer a um grupo-controle de 281 homens saudáveis. Os voluntários com a doença tinham o dobro de chance de terem começado a perder o cabelo aos 20. Quando a perda de cabelo havia começado aos 30 ou 40, não foi detectado risco maior de câncer.

A ligação entre a calvície e a doença pode estar nos hormônios masculinos, mas ainda não há certeza.

Estudos anteriores já mostraram que a finasterida, usada como tratamento contra a perda de cabelos, também reduz a incidência de câncer de próstata.

Zinco pode ser usado para tratar resfriados, diz estudo


16/02/2011 - 10h56
DA BBC BRASIL

Tomar zinco em forma de xarope ou comprimidos pode diminuir a gravidade e a duração dos resfriados comuns, afirma um estudo científico.

Um estudo publicado no site Cochrane Reviews afirma que a administração de zinco até um dia depois do início dos sintomas do resfriado acelera a recuperação.

A substância também pode ajudar na prevenção dos resfriados, afirmam os autores do estudo, que inclui informações de 15 testes feitos com 1.360 pessoas.

Os autores do estudo afirmam que o zinco pode encobrir os vírus do resfriado e impedi-los de entrar no organismo por meio da mucosa do nariz.

O zinco também aparentemente impede o vírus de se duplicar, pelo menos nos testes de laboratório, além de auxiliar o sistema imunológico e reduzir as reações desagradáveis do corpo à infecção.

Em um período de sete dias, a maioria dos pacientes que tomaram zinco a cada duas horas ficaram livres dos sintomas, se comparados com aqueles que tomaram placebos.

Já as crianças que tomaram 15 mg de zinco em forma de xarope ou comprimidos por cinco meses ou mais pegaram menos resfriados e ficaram menos tempo fora da escola.

No entanto, os 15 testes realizados no estudo usaram diferentes dosagens e períodos de medicação, impossibilitando um consenso sobre o uso do zinco contra resfriados.

Além disto, o artigo afirma que o zinco não pode ser usado no longo prazo, devido ao risco de intoxicação. Grandes quantidades da substancia podem causar náusea, vômitos, dores abdominais e diarreia.

Durante os testes, as pessoas que usaram zinco tiveram mais efeitos colaterais, tais como um gosto desagradável ou náuseas, do que o grupo que tomou placebo.

Os especialistas afirmam que é necessário pesquisar mais para determinar a dose exata requerida no tratamento.

DÚVIDAS

O coordenador da pesquisa, Meenu Singh, do Instituto de Pós-Graduação em Educação Médica e Pesquisa de Chandigarh, na Índia, afirma que o trabalho reforça as indicações de que o zinco pode tratar a gripe, mas diz que ainda é difícil fazer recomendações gerais sobre o caso.

Já o professor Ronald Eccles, diretor do Centro de Combate a Resfriados da Universidade de Cardiff, se diz ainda em dúvida sobre os benefícios do zinco como tratamento para o resfriado. Ele disse à BBC que a toxicidade da substância ainda é uma grande preocupação nestes casos.

Estima-se que adultos peguem de dois a quatro resfriados por ano, enquanto crianças podem pegar até dez. Os vírus responsáveis pela doença são tão comuns que não há muito a se fazer para combater a infecção.

Os vírus do resfriado podem ser contraídos não somente por meio da tosse e dos espirros de outras pessoas, mas também ao tocar superfícies contaminadas, como maçanetas. Ainda não existe um tratamento comprovado contra a doença.